No Brasil calcula-se que 17,4% da população é fumante e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o uso do tabaco acarreta, aproximadamente, 5 milhões de óbitos por ano no mundo, ou seja, 10 mil falecimentos por dia.
Logo já percebemos os malefícios do tabagismo para a nossa saúde. No entanto, para quem deseja engravidar, o cigarro pode ser um empecilho bastante grave. Isso porque o cigarro é considerado o veneno reprodutivo mais potente deste século, de acordo com estudos científicos que comprovam seu efeito sobre a saúde reprodutiva. Acredita-se que homens e mulheres fumantes têm três vezes mais chances de se tornarem inférteis, comparados aos não fumantes.
Alterações causadas pelo cigarro
Na mulher, as taxas de fertilização e crescimento dos embriões nos tratamentos de Fertilização in Vitro são menores para quem fuma. Além disso, a motilidade das tubas uterinas também pode ser alterada, complicando a implantação do embrião, caso ocorra a fecundação, e elevando o risco de abortamento e de gravidez ectópica (nas tubas).
Também podemos considerar que diferentes substâncias encontradas no tabaco, como o cadmio, benzopireno e a nicotina, comprometem o bom funcionamento dos ovários, causando problemas na alteração do crescimento no número de óvulos produzidos e no amadurecimento dos óvulos.
Já nos homens, a impotência e infertilidade são as principais sequelas do tabagismo. Além disso, os danos causados pelo cigarro reduzem a produção de espermatozoides, causam danos à qualidade do sêmen e causam deficiências, dificultando a fecundação.