Receber o diagnóstico de um câncer nunca é fácil. Mas, quando essa notícia chega em meio aos planos de aumentar a família, as preocupações em torno da doença se tornam ainda maiores.
Embora nem sempre exista uma ligação direta entre o desenvolvimento do tumor e a fertilidade, alguns tipos de tratamentos têm um impacto direto na capacidade reprodutiva do paciente.
Esse é o caso, por exemplo, da quimioterapia e radioterapia, que afetam a produção dos espermatozoides, e da prostatectomia, procedimento de remoção da próstata que costuma ser indicado quando o tumor se desenvolve nesta região.
Diante deste contexto, a criopreservação de espermatozoides surge como uma alternativa para aqueles que ainda planejam ter filhos após a conclusão do tratamento contra o câncer. Na sequência, explicaremos como ela funciona.
O que é a criopreservação?
A criopreservação é nome dado à técnica de congelamento de células e tecidos biológicos (como espermatozoides, óvulos e embriões) visando mantê-las preservadas para uso futuro.
Seu grande foco é, portanto, oferecer possibilidades para os tratamentos de reprodução assistida, tais como a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial.
Como a criopreservação é feita nos casos de pacientes oncológicos?
No caso dos pacientes oncológicos, o ideal é que a criopreservação de espermatozoides seja realizada antes do início do tratamento. Afinal, como dissemos antes, as doses de quimio ou radioterapia impactam na capacidade do paciente de produzi-los.
A coleta é super simples: no geral, ela é feita por meio da ejaculação, obedecendo sempre à orientação de 2 a 3 dias de abstinência sexual. Na sequência, o material é encaminhado ao laboratório e armazenado a -196°C.
Vale pontuar que o espermatozoide pode ficar congelado por tempo indeterminado. Além disso, basta uma pequena quantidade para ser possível realizar a FIV no futuro!