As trompas de falópio, conhecidas também como tubas uterinas, são parte da estrutura do sistema reprodutor feminino responsáveis por conectar o ovário ao útero, ou seja, é por elas que o óvulo deve percorrer para encontrar o espermatozoide, ser fecundado e se fixar nas paredes uterinas. Portanto, se a mulher tiver algum problema nesta estrutura, isso pode ameaçar as chances de engravidar.
Isso porque se elas estiverem obstruídas ou prejudicadas de alguma forma, as trompas não conseguem exercer a função de encaminhar o óvulo em direção ao útero. Os casos de infertilidade relacionados a problemas nessa estrutura estão relacionados a infecções, doenças sexualmente transmissíveis, endometriose, cirurgias prévias na região pélvica ou no abdômen inferior, existência de pólipos ou miomas no útero e deficiências congênitas no útero.
O mais agravante nesses casos é que os problemas nas trompas costumam ser silenciosos, isto é, não manifestam sintomas específicos da condição. Por isso, algumas mulheres que lidam com a dificuldade de engravidar devido a isso muitas vezes não sabem o motivo. O diagnóstico de problemas nas tubas uterinas é feito através de exames de imagem que utilizam contraste, pois assim é possível verificar se a movimentação dos óvulos está normal na estrutura.
Se a condição é confirmada, principalmente mulheres que querem engravidar, devem iniciar os tratamentos a fim de solucionar o problema e realizarem o sonho de serem mães. A cirurgia por videolaparoscopia geralmente é a primeira alternativa nesses casos, a qual planeja restaurar a normalidade da trompa, removendo aderências ou desobstruindo-a.
Todavia, pode ser que essa cirurgia não conserte o problema. Por isso, mulheres que ainda querem engravidar, podem passar pela FIV, já que esse método não depende das trompas para movimentar o óvulo. A mulher passará pela aspiração de folículos para retirar o óvulo e fertilizá-lo em laboratório. Mas vale lembrar que isso não trata a condição das tubas uterinas; é apenas um atalho para a realização do sonho.