O câncer de mama é uma doença que resulta da multiplicação de células do tecido mamário a partir de uma transformação que ocorre no material genético por diferentes etiologias.
Ainda muito prevalente e incidente no Brasil, as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) afirmam que serão 66.280 novos casos de câncer de mama apenas para 2021 e com isso surgem outras complicações que muitas vezes passam despercebidas, mas impactam negativamente a vida daquelas mulheres que têm a doença, como o surgimento da infertilidade, por exemplo.
Alguns tratamentos para o câncer de mama podem afetar de forma significativa a fertilidade da mulher, comprometendo sua prole futura. A quimioterapia, por exemplo, opção terapêutica escolhida para casos avançados da doença, pode comprometer a capacidade dos ovários, inclusive levando-os à falência precoce.
Por isso a grande importância de se conversar bastante com a equipe médica sobre a possibilidade de congelamento de óvulos, por exemplo, ou outras alternativas viáveis antes de iniciar o tratamento para o câncer.
Além disso, as medicações quimioterápicas podem comprometer o feto em formação quando utilizadas durante a gestação. Nesses casos, deve-se convencer a mulher a tentar postergar a gravidez para alguns anos após o final do tratamento padrão para o câncer, ainda que haja possibilidades claras de infertilidade ao final desse processo.
Diante desse cenário, deve-se ressaltar que existem muitas técnicas hoje em dia de fertilização in vitro (FIV) que acabam sendo uma “luz no fim do túnel” para casos de infertilidade após tratamento de uma doença ainda muito incidente como o câncer de mama, devendo ser ressaltados sempre como uma possibilidade para aquelas mulheres que infelizmente precisaram se submeter a terapêutica, mas ainda têm o sonho de ser mãe.