A Fertilização In Vitro (FIV) é uma técnica avançada de reprodução assistida que tem proporcionado a realização do sonho da maternidade e paternidade a muitos casais. No entanto, aqui no Brasil, existe uma importante restrição: não é permitido selecionar o sexo do bebê durante o processo de FIV.
Mas por que essa escolha é vetada no país?
Existem alguns possíveis motivos que levam a essa proibição:
- Ética e igualdade: a proibição visa garantir a igualdade de gênero e combater qualquer forma de discriminação baseada no sexo. Permitir a seleção do sexo poderia levar a preferências de gênero que não condizem com a valorização e respeito à diversidade.
- Evitar desiquilíbrios demográficos: permitir a escolha do sexo do bebê poderia levar a desequilíbrios demográficos, com preferências excessivas por um determinado sexo, o que poderia ter impactos sociais e culturais significativos.
- Escolher o sexo do bebê durante a FIV pode gerar expectativas para os pais que nem sempre serão cumpridas. Não devemos desconsiderar a complexidade da identidade de gênero, uma vez que o sexo biológico não é um fator determinantes de como a criança irá se identificar no futuro.
Entretanto, em alguns casos, fazemos o estudo genético do embrião fecundado antes de realizar a transferência embrionária. Neste estudo, conseguimos saber qual será o gênero do bebê.
Essa prática, todavia, só é permitida quando há alguma alteração no cariótipo do casal indicando uma condição ou doença cromossômica ligada ao cromossomo sexual, como acontece no caso da Síndrome de Turner, por exemplo. Com isso, podemos evitar doenças ligadas ao gênero biológico do bebê que irá se formar.