Um a cada cinco casais em idade reprodutiva apresentam dificuldade para obter uma gestação. Uma das causas mais prevalentes entres as mulheres, são as alterações nas tubas uterinas e da função ovariana.
Para auxiliar na investigação, a ANVISA, aprovou um novo exame que tem como objetivo verificar se as tubas uterinas estão obstruídas, dilatas ou com o trajeto alterado. Além disso, o exame irá oferecer informações sobre a anatomia do útero, malformação uterina, pólipos, miomas ou cicatrizes uterinas.
Para a investigação da infertilidade feminina, é essencial a avaliação da permeabilidade das tubas uterinas. Trata-se de um exame sem irradiação sobre os ovários. “Isto é muito importante por se tratar de mulheres em fase reprodutiva. Além de não utilizar contraste iodado, a histerosalpingosonografia diminui o risco de processos alérgicos e choques anafiláticos, e a paciente sente menos dor durante e após a sua realização” apontou o Dr. Paulo Cossi do RDO Diagnósticos Médicos.
Anteriormente o exame era feito por meio da HSG – histerosalpingosonografia radiológica convencional e utilizava o contraste iodado. Nesse procedimento as pacientes relatavam muitas dores. Já no novo procedimento, é aplicado o contraste ultrassonográfico de segunda geração chamado “ativo” por conter microbolhas de gás envolto por duas camadas de lipídios. Associada a ultrassonografia 3D e 4D em tempo real, estas microbolhas têm diâmetro semelhante ao das células hemácias e são utilizadas também em exames oncológicos e de ecocardiografia.
Esse avanço tecnológico capta imagens que permitem a visão complementar dos ovários, miométrio, endometriose intestinal e outras patologias relacionadas à infertilidade.
Como o exame é feito
O contraste “ativo com microbolhas” é injetado no colo do útero, por meio de um fino cateter. As imagens de diferentes ângulos da pelve são captadas pelo transdutor do ultrassom, permitindo verificar a permeabilidade das trompas. Após o procedimento a paciente é liberada.