Os avanços da tecnologia na medicina, permitem métodos mais eficazes para garantir a saúde do embrião de uma reprodução assistida, resultando em maiores chances de sucesso da gravidez. A Análise Genética Embrionária ou Screening Genético Pré-implantacional (PGS) na Fertilização in vitro (FIV) é capaz de diagnosticar possíveis alterações genéticas no embrião.
Na fertilização in vitro, o embrião é formado em um laboratório e é cultivado de três a cinco dias, para ser implantado no útero. Nesse período é possível realizar, se for do desejo do pais, o PGS, para diagnosticar a integridade genética do embrião que será implantado.
De acordo Fábio Eugênio, especialista em reprodução humana, a biópsia de alguma celula do embrião pode analisar os 46 cromossomos das células, podendo detectar a Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21), a Síndrome de Edwards (trissomia do 18) e a Síndrome de Turner (monossomia do cromossomo X)
O procedimento extrai uma das células do embrião, onde será feito o estudo genético para diferentes patologias. Anteriormente esse tipo de procedimento podia oferecer riscos mínimos à integridade dos embriões, hoje a análise é feita de forma mais segura. “Antigamente, a biópsia era feita no dia 3 de desenvolvimento, quando os embriões possuem de seis a oito células, então havia risco, embora pequeno, de comprometer sua vitalidade. Atualmente, a técnica se refinou muito, e a biópsia é realizada no dia 5 ou 6, quando os embriões estão no estágio de blastocisto, possuindo de 50 a 100 células”, explica o especialista.
A realização desse exame é indicada para as mulheres com idade acima de 40 anos, já que esse é fator que aumenta a probabilidade do desenvolvimento de alguma alteração genética no embrião. O histórico família de doenças genéticas também é um indicativo para a realização, pois segundo o médico, em casos de doenças genéticas, apenas um pequeno fragmento do DNA que codifica uma proteína está alterado.
Fonte: O Povo, Online