Lucca JA, Rosa VB, Peixoto AP, Schuffner A. Jornal Brasileiro de Reprodução Assistida. v.15, n.5. p.73, 2011.
Objetivo: Apresentar um estudo epidemiológico relacionado a dosehormonal utilizada com o número de oócitos aspirados, em pacientes de trêsfaixas etárias.
Método: Foi realizado um estudo retrospectivo com 70 casaisque se submeteram a ciclos de FIV NA Clínica Conceber, no primeiro quadrimestrede 2011.Ciclos com ovodoação, oócitos e embriões criopreservados não foramrelacionados nesse estudo.As pacientes foram divididas nos seguintes grupos:até 34 anos; de 35 a 39;40 anos ou mais. Foram avaliadas as doses hormonaisutilizadas (U.I.) e o número de oócitos aspirados. A análise estatística foi feita por Kruskall-Wallis, seguida pelo teste de Dunn’s.
Resultados: Dose hormonal (média ± EPM): ? 34 anos 1.669 ± 91,4;de 35 a 39 anos 2.179,6 ± 129,2; ? 40 anos 2.030,4 ± 179,5. A análise estatística apontou diferença significante entre os grupos “? 34 anos” e “de 35 a 39 anos”(p<0,01).Número de oócitos aspirados (média ± EPM): ? 34 anos 8,9 ± 1,3; de35 a 39 anos 6,6 ± 0,9; ? 40 anos 4,3 ± 0,9. Houve diferença significante entre os grupos “? 34 anos” e “? 40 anos” (p<0,05). Discussão: A dose hormonal utilizada no grupo de “35 a 39 anos” foi significativamente maior que a utilizada no grupo “? 34 anos” uma vês que a resposta ovarian atende a cair com o aumento da idade da paciente. Contudo após aos 39 anos atingimos um platô, onde está correlação deixa de ser verdadeira, ou seja, o aumento da dose hormonal administrada não resultará em melhor crescimento folicular .Por esta razão podemos notar que a dose média empregada nas pacientes com mais de 40 anos foi ligeiramente menor que nos pacientes entre 35 e 39 anos (2.030,4 U.I VS 2.179,6 U.I.). Ao avaliarmos o número de o ócitos obtidos em cada faixa etária podemos confirmar está afirmação, pois não houve diferença significativa entre os grupos “de 35 a39 anos” e ” ? 40 anos”. Entretanto estes grupos obtiveram significativamente menos oócitos que o grupo “? 34 anos”. Com isso então, ser desnecessário aumentarmos a dose de gonadotrofina no grupo “? 40 anos”, minimizando assim custos do tratamento, bem como efeitos indesejados destes medicamentos. Resumo apresentado no XV Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida – Florianópolis, 2011.